segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Físicos vêem novos indícios de que o Universo pode ser cíclico

 
 
Dizem que o Big Bang foi o princípio do Universo. Mas, segundo Roger Penrose, físico da Universidade de Oxford, ele também foi o fim de um outro universo que existia antes deste. E, melhor, o britânico diz ter agora evidências concretas sobre esse ciclo cosmológico.
Trabalhando em parceria com o arménio Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan, há três anos analisa a série de dados do satélite WMAP. A sonda americana foi projectada para fazer um mapeamento universal da radiação cósmica de fundo - um «eco» do Big Bang gerado quando o Universo tinha menos de 400 mil anos de existência, detectado pelo satélite na forma de micro-ondas. Hoje, o cosmo tem 13,8 mil milhões de anos.
Penrose e Gurzadyan têm dito, desde 2010, que conseguiram detectar pequenas flutuações na radiação cósmica de fundo, na forma de círculos concêntricos. Isso, segundo eles, seria o resultado da colisão de buracos negros gigantes numa época que precedeu o Big Bang. Ou seja, seria a implicação de que o Universo já existia, noutra forma, antes do período de expansão que conhecemos e observamos hoje.

Os cosmólogos constataram, com alguma surpresa, que os círculos apontados por Penrose e Gurzadyan estavam de facto lá, e haviam passado despercebidos até então. Entretanto, realizando simulações de como seria a radiação cósmica de fundo com base na cosmologia clássica - para a qual tudo começa no Big Bang -, constataram que os círculos também apareciam.
Ou seja, o fenómeno era real, mas a parte que dizia respeito a outro universo antes deste parecia ser apenas elucubração da dupla.
Penrose e Gurzadyan agora voltam à carga, com novas evidências. Numa análise mais profunda dos círculos, publicada recentemente no European Physical Journal Plus, eles concluem que o padrão observado encaixa melhor na hipótese de um universo cíclico, com eventos que antecedem o Big Bang.
A dupla agora trabalha na análise de dados do satélite europeu Planck, que faz basicamente a mesma coisa realizada anos atrás pelo WMAP, mas com mais precisão. «O nosso trabalho está avançando», disse Gurzadian. «Contudo, pretendemos divulgar os resultados inicialmente para especialistas.»
Os dois não se incomodam com a baixa receptividade da comunidade científica à ideia. «A hipótese da cosmologia cíclica é baseada numa geometria não convencional, então não é estranho que as ideias precisem de mais tempo para serem mais bem acolhidas», diz Gurzadyan.
Ele e Penrose continuarão a procurar a confirmação da hipótese no estudo da radiação cósmica de fundo. Mais adiante, eles também esperam encontrar corroboração em fontes de mais difícil acesso, como a detecção de ondas gravitacionais emanadas do próprio Big Bang.

Post Scriptum
 
Radiação cósmica de fundo em micro-ondas

http://portalpineal.blogspot.com.br/2013/06/radiacao-cosmica-de-fundo-em-micro-ondas.html

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PRIMORDIALIDADE DO SOM COMO QUALIDADE CÓSMICA

http://portalpineal.blogspot.com.br/2013/06/primordialidade-do-som-como-qualidade.html

Post Scriptum

AGNI YOGA 15

http://portalpineal.blogspot.com.br/2013/06/agni-yoga-15.html

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