sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Castaneda e a necessidade da utopia

 
A idéia de utopia é mais do que uma mera fantasia ou sonho. É uma semente de revolução. É uma ruptura com o real estagnado ideologicamente no "a vida é mesmo assim". Não precisa ser. Não deve ser. Se não a razão de viver se esvai. Assim a razão de viver encontra-se na própria utopia vista como uma crítica da razão à própria razão que sustenta o status quo.

Uma humanidade sem utopia é uma humanidade de alma abduzida.

"Seja realista" é apenas outra expressão que indica, muitas vezes, a razão de quatro diante do sistema vigente. A razão de quatro é superada pela utopia, uma razão que se levanta sobre si mesma tornando-se rebelde, criando um movimento, uma novidade, uma dinâmica diferente no real estabelecido e de quatro.

Nesse sentido o caminho do guerreiro tolteca descritos nos livros do antropólogo Carlos Castaneda é uma utopia (redescoberta do pensamento mítico), enquanto o caminho do homem comum se faz de quatro diante do sistema vigente. Carlos Castaneda foi um homem comum que se tornou um praticante de nagualismo, um antropólogo que tornou-se xamã, um intelectual que virou ''brujo'', um mito que se reatualizou, um homem que se levantou como tal.

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