...quando William Blake escreve ''Eu te dou a ponta de uma corda de ouro, Apenas
enrole ela numa bola; Ela te conduzirá á porta do Céu, Construída na muralha de
Jerusalém'', ele não está usando uma terminologia privada e sim uma terminalogia
cujo rastro podemos seguir mesmo antes da EUROPA e segui-la através de DANTE
''questi la terra in s? stringe'' (Paradiso I.116 ), dos EVANGELHOS ''Ningún
hombre viene a mí, excepto que el Padre… tire de él», San Juan 6:44, cf. 12:32
), de FÍLON, y e de PLATÃO ( con sua «única corda de ouro» a que nós, as
marionetes humanas, devemos agarrarnos e pelas quais devemos ser guiados, Leis
644), até HOMERO, onde Zeus pode tirar tudo de todas as coisas e até a si mesmo
por meio de uma corda de ouro( Ilíada VIII.18 sigs., cf. Platón, Teeteto 153 ).
E não é só na Europa onde o simbolismo do ''fio de ouro'' foi corrente por mais
de dois milênios; tal simbolismo tbm se encontra presente em simbolismos
islâmicos, hindus e chineses. Assim, lemos em Shams-i-Tabriz, «ELE me deu a
ponta de um fio.… “Tira”, disse “para que eu possa tirar: e cuida para que ele
não se rompa com a ação”», e em Hafiz, «guarda sua ponta do fio, para que ELE
guarde sua ponta''; no Shatapatha Brahmana, esse SOL é o nó ao qual todas as
coisas estão atadas pelo fio do espírito, mientras que no Maitri Upanishad a
exaltação do contemplativo se compara á subida de uma aranha pelo fio de sua
teia; Chuang Tzsé nos diz que nossa vida está suspensa por Deus como se fosse um
fio, que se corta quando morremos. Tudo isso se relaciona com o simbolismo do
tecido e do bordado, os ''jogos de cordas entrelaççadas'', o cordel, a pesca com
rede e a caça com laço; e com o simbolismo do terço, rosário e colar, pois, como
nos recorda o Bagavad Gita ''todas as coisas estão entrelaçãdas com ELE como se
fossem fileiras de pérolas em um fio''
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