sexta-feira, 31 de maio de 2013

A vida espiritual é subversiva

 
Não ser definitivamente parte de nenhuma facção ou linha de pensamento prévio para ser o homem de letras necessariamente subversivo (ainda sob o risco de ser incompreendido, taxado de maldito, por todos ao mesmo tempo) é o núcleo de seus planteamentos em cada intervenção desde o começo...
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O princípio de provocação se superpõe com a vontade de investigação até o fim, isto é, até o inevitável encontro com a certeza de que, no limite de uma VERDADE, a palavra se silencia, se torna impotente ou insignificante, ou, no pior dos casos, se põe a serviço das forças que de maneira alguma pretendem que exista uma iluminação redentora. Se a VERDADE é insuportável e irredutível á linguagem, a função do intelectual (do homem de letras, melhor dizendo) é SUBVERTER, e essa subversão só será possível enquanto seja ABSOLUTA, ainda que o próprio escritor acabe afetado por aquilo que supõe uma aposta tão forte.
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A subversão que constitui o tema común destas páginas é o movimento natural do espírito em cumprimento de sua vida. Pois a essencia da vida espiritual ou humana é subversiva, revolucionária
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Pois a ameaça que os poderes dominantes lançam hoje contra o homem de letras é a exigência de uma metamorfose pequeno-burguesa que significa EXTINÇÃO
Esses poderes já não são somente aqueles visiveis e tradicionais que se corporificam em estados, igrejas, partidos políticos, associações, etc, mas principalmente o impulso letal que circula de célula em célula em cada comunidade, as erráticas, mutáveis, mal intencionadas e severas pressões do estilo de existência geral

Um comentário:

  1. "No hay nada que esperar, nada que temer. El corazón no debe latir por obra del miedo o la esperanza."(...)
    "Hay personas que, en determinados momentos, tienen la posibilidad de despegarse de ellos mismos, de ir más allá del umbral, de sumirse cada vez más hondo en las oscuras profundidades de la fuerza que sostiene su cuerpo y donde esta fuerza pierde su nombre y su individuación. Es en tales momentos cuando uno tiene la sensación de que esa fuerza se amplifica, recupera el yo y el no yo, invade toda la naturaleza, substantifica el tiempo, transporta miriadas de seres como si estuvieran ebrios o alucinados, adoptando mil formas distintas; fuerza irresistible, salvaje, inagotable, incansable, ¡limitada, consumida por una insuficiencia y una privación eternas. Quien llega a tan temible percepción, semejante a un abismo que se abre de improviso a nuestros pies, se hace dueño del misterio del samsara y vive plenamente la anatta, la doctrina del no yo. Esa es, en esencia, la base de toda la doctrina del despertar

    (...)
    El Nirvana no es un lugar ni un efecto, ni está en el tiempo, ni es alcanzable por ningún medio; pero «es» y puede «verse». Los «medios» a los cuales se recurre efectivamente no son en sí mismos medios hacia el Nirvana, sino medios para la eliminación de todo lo que obscurece la «visión» del Nirvana: de la misma manera que cuando se introduce una lámpara dentro de una habitación obscura uno ve lo que ya está allí.
    Gotama, el buda
    Ananda coomaraswamy

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