Mais grave do que corromper-se no poder, é não achar respaldo ideológico para se
manter, tendo que ceder ao cinismo e ao oportunismo do
poder-pelo-poder.
Em
nome do pragmatismo o PT acabou assumindo sozinho a bandeira da
social-democracia e abandonando as forças esquerdistas, as quais sem o apoio
histórico da URSS tem dificuldades para se colocar de
pé.
A
máquina petista devorou as próprias esquerdas para se impor, porém não para
oferecer uma proposta mais radical, e sim para locupletar-se no poder,
mantendo-se através da imagem socialmente artificial do
assistencialismo.
Neste
cenário, não existe mais esperanças para uma renovação social profunda e
estrutural dentro
da política tradicional, que se apresenta como simplesmente vazia e esgotada,
porque se uma sociedade não foi capaz de se mobilizar a contento socialmente
ante um inimigo durante a luta, menos ainda será sob um quadro em que as grandes
bases da luta estão no chão.
Pois
ainda que estes novos atores queiram proclamar a vitória da “redemocratização”,
na verdade não houve nenhuma grande vitória das forças das resistência e
menos ainda do Socialismo internacional, muito pelo contrário...
A
redemocratização foi quase mais consentida do que conquistada, sendo alcançada
no Brasil pouco antes do final da Guerra Fria, sob as crises morais da ditadura
doméstica mas quando a URSS também dava sinais de estafa. Prova disto, é que as
forças militares do Brasil preservam a sua arrogância e os governos “de
esquerda” não ousam desafiar os seus interesses corporativos.
Também serve como prova disto a “timidez” social das esquerdas pragmáticas no poder, para efetuar qualquer mudança mais profunda e atender as reivindicações das próprias bandeiras da Esquerda, as quais comumente passam antes a participar do banquete capitalista que bebe a nova situação do poder, compactuando desavergonhadamente com as velhas forças conservadoras.
Também serve como prova disto a “timidez” social das esquerdas pragmáticas no poder, para efetuar qualquer mudança mais profunda e atender as reivindicações das próprias bandeiras da Esquerda, as quais comumente passam antes a participar do banquete capitalista que bebe a nova situação do poder, compactuando desavergonhadamente com as velhas forças conservadoras.
Porém,
tanto poder sem oposição não pode funcionar. A bolha ideológica deu lugar
naturalmente à bolha financeira do capitalismo triunfante, que hoje já arrasta
por detrás suas crises macro-especulativas, levando incertezas sobretudo ao
mundo desenvolvido.
Ao
mesmo tempo, existe um resgate histórico da vida social das nações
terceiro-mundistas. O Fórum Social Mundial surgiu em 2001 como uma tentativa de
reerguer a esperança num mundo social. Naturalmente se prontificaram forças
históricas que até então permaneciam na penumbra, como são os povos tradicionais
e a cultura alternativa.
É
com eles que segue e que seguirá a esperança numa renovação, cabendo apenas se
organizar e mobilizar a contento, resgatando e adaptando práticas sociais
tradicionais aos novos tempos, como são a idéia da comunidade
intencional, o naturalismo e o êxodo urbano.
E é por não acreditarmos nesta “redemocratização”, enfim, sabendo que se trata apenas de um grande jogo-de-cartas-marcadas praticado entre atores laureados em bom-mocismo, tal como não acreditamos na virtude inerente das revoluções materialistas e nem no modelo de “humanismo científico” que lhe dá sustento -porque estamos cientes dos mecanismos políticos do jogo-de-imagem denunciados num filme como “Queimada”, onde a república e a democracia são implantadas e tuteladas por potências pseudo-aliadas do povo, com interesses econômicos e elegendo sempre quem tem mais recursos sob pena de golpes-de-estado e retorno a ditaduras “educativas”-, que propugnamos que a humanidade não deve retornar ao modelo social que se tinha antes da Guerra Fria, porque se perdeu ali a alma das coisas e “a História se repete como paródia”, cabendo isto sim aprofundar e trazer à luz as sementes renovadoras que a Cultura Alternativa despertou à sombra das ditaduras –a fim de suscitar o sentido cíclico do termo “alternativo”-, através da Espiritualidade, do Comunitarismo, do Holismo e do Ambientalismo.
E é por não acreditarmos nesta “redemocratização”, enfim, sabendo que se trata apenas de um grande jogo-de-cartas-marcadas praticado entre atores laureados em bom-mocismo, tal como não acreditamos na virtude inerente das revoluções materialistas e nem no modelo de “humanismo científico” que lhe dá sustento -porque estamos cientes dos mecanismos políticos do jogo-de-imagem denunciados num filme como “Queimada”, onde a república e a democracia são implantadas e tuteladas por potências pseudo-aliadas do povo, com interesses econômicos e elegendo sempre quem tem mais recursos sob pena de golpes-de-estado e retorno a ditaduras “educativas”-, que propugnamos que a humanidade não deve retornar ao modelo social que se tinha antes da Guerra Fria, porque se perdeu ali a alma das coisas e “a História se repete como paródia”, cabendo isto sim aprofundar e trazer à luz as sementes renovadoras que a Cultura Alternativa despertou à sombra das ditaduras –a fim de suscitar o sentido cíclico do termo “alternativo”-, através da Espiritualidade, do Comunitarismo, do Holismo e do Ambientalismo.
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