...não o finalizar, mas o mais profundo INÍCIO, que se extendendo com total amplitude se recolhe depois muito dificilmente sobre si mesmo.
O último se retrái de
todo cálculo e deve, por tanto, ser capaz de suportar o peso da mais estrondosa
e frequente má-interpretação.
Como poderia ser
diferente, com aquele que se adianta?
EL ÚLTIMO DIOS
(Contribuciones a la
filosofía. Sobre el acontecimiento-apropiador)
Martín Heidegger.
Traducción de Fabián
Mié. Nombres. Revista de Filosofía. Cordoba. Año VI. N° 8-9, nov. 96. Tipeó e
indexó Di biase, Nicolas.
(...)
Pero el decir más
decidor también acontece sólo a veces, porque sólo los más arriesgados son
capaces de él. En efecto, no deja de ser difícil. La dificultad reside en
consumar la existencia. La dificultad no sólo reside en lo penoso que resulta
construir la obra del lenguaje, sino en pasar de esa obra que dice, propia de
una visión que todavía apetece las cosas, esto es, de una obra de la vista, a
una «obra del corazón».
·
Mas o DIZER mais dizedor tbm acontece só
ás vezes, porque só os mais corajosos são capazes de 'dize-lo''. Com efeito,
não deixa de ser difícil construir também a obra do coração.
(...)
Superaste Castaneda,
com isso. O dharma de Castaneda era mais de ARTANE, de plantas tenebrosas, de
vegetar subterranea e noturnamente...o seu é totalmente SOLAR, o de Castaneda
INFRALUNAR.
E como sua epifania, ontofania, dramafania
se deu justamente num IMAGINAL que irrompesse destemidamente na VIGÍLIA e foi
tão claro e corneliano, solar e ativo, etc. es infinitamente superior a lo de
Castaneda ...
(...)
Aproveite então a
oportunidade, no exato instante em que me lê — pois, sim, é a você que me lê
nesse exato instante que me dirijo, a você em particular, e pergunte-se seriamente:
A pessoa suporta tudo
e a todos em silêncio, sofrendo de forma contrita por sempre ligar a isto a
intenção do trabalho. Não há melhor método de iniciação do que este esforço. O
arranjo de tais condições e a orquestração das pessoas no interior destas
condições está para além da própria ciência. É uma arte dada apenas para
aqueles que a necessitam para que possam melhor encarregar-se desta função.
Neste intervalo, ele poderá aprender a dominar as energias internas que fazem o
trabalho possível (...) . é um estágio muito avançado, você consegue entender
isto? Lembre-se que uma real ferocidade de propósito ocorre no mundo interno e
não numa demonstração de comportamento excêntrico ou flagelação dramática. É
agora o momento de aprender as profundezas da ferocidade sem a demonstração ou
o "show" Exterior de poder e de ruído.
Gurdjieff, Cartas
P.S:.
O QUE É A INICIAÇÃO
REAL?
''a iniciação outra coisa não é que o
resultado de energias geradas diante de situações desafiadoras.Tais situações
nos induzem ao desapego, base da libertação da consciência
(...)
também haviam
gravadores em pistas em movimento mesclando intervalos arbitrarios e agentes
movendo-se com a palavra e a imagem de gravadores - desse modo instalou
mirantes e agentes pineais da LUZ em estado de entrelaçamento quantico com
peliculas remolineando por todas as ruas de imagens e tiravam as ruas de dentro
das cidades e subministravam nagualismo toltca e Roma antiga - não podiam mais
controlar seu polvo de palavras flutuando no espaço telepático perfurador -
palavra e imagem em explosivo bioavanço -um milhão de paisagens flutuando
pelasparedes de suacidade projetávam o SOM mesclado de qualquer bar que podia
ouvir e qualquer conversa que podia ouvir era - podía oírse en todas las
películas del oeste de todos los tiempos proyectadas y registradas y la gente
iba y venía con cámaras portátiles y lentes telescópicas suministrando mareas y
tornados de sonido y cámara hasta que pronto la ciudad donde él se desplazaba
desde una película del oeste hasta Hong Kong o el sonido conversación azteca de
la Norteamérica suburbana y todos los acentos y lenguajes se mezclaban y
fundían y la gente cambiaba de lenguaje y acento en la mitad de una frase
azteca de sacerdote y vertían hombre mujer o animal en todas las lenguas-De
manera que la Ciudad-Gente se movía en remolinos y nadie sabía que abandonaba
el espacio hacia las calles-neón
(...)
Beckett… Trechos
O Inominável
“E todas essas
perguntas faço a mim mesmo. Não é por curiosidade. Não Posso calar-me. Não, nem
tudo é claro. Mas o discurso tem de ser feito.”
“É o fim que é o
pior, não, é o começo que é o pior, depois é o meio, mas depois é o fim que é o
pior, essa voz que é cada instante, que é o pior… é preciso continuar ainda um
pouco, é preciso continuar ainda muito tempo, é preciso continuar ainda
sempre…”
“Eu sou em palavras,
eu sou feito de palavras, palavras dos outros. Eu sou todas estas palavras,
todos estes estrangeiros, esta poeira de verbo. E preciso dizer palavras
enquanto elas estão aí (…) é preciso tentar logo, com as palavras que restam.”
“não posso continuar,
vou continuar”
Molloy
“E ainda escutava
esse sopro ao longe, há muito tempo calado e que ouço afinal, que aprenderia
outras coisas ainda, sobre esse assunto. Mas não o escutarei mais, por
enquanto, pois não gosto dele, desse sopro ao longe, e até o temo. Mas é um som
que não é como os outros, que você escuta, quando bem quer, e que muitas vezes
pode fazer calar, se afastando ou tapando as orelhas, mas é um som que se põe a
farfalhar na sua cabeça, não se sabe como, nem por quê. É com a cabeça que você
o ouve, as orelhas não têm nada com isso, e não se pode detê-lo, mas ele se
detém sozinho, quando quer. Logo, escutá-lo ou não, isto não tem importância,
eu o ouvirei sempre, a trovoada não vai poder me libertar, até que ele cesse.
Mas nada me obriga a falar dele, na hora em que não é o caso para mim. E não é
o caso para mim, agora. Não, o meu caso agora é acabar com essa história de lua
que ficou inacabada, eu mesmo sei disso. E se vou acabar com ela menos bem do
que se estivesse em todo meu juízo, acabarei assim mesmo, o melhor que puder,
pelo menos acredito que sim.”
Ao fim de minha obra
não há nada a não ser o pó – o nomeável. No último livro – o Inominável – há
uma desintegração completa.
(...)
PRIMORDIALIDADE DO
SOM COMO QUALIDADE CÓSMICA
A doutrina hindú se
baseia nos Vedas, conjunto de escrituras sagradas muito antigas, redatadas em
versos sânscritos por sábios lendários, os Rishis, que as tinham ''escutado''.
Para os indianos, os Vedas não são de origem humana e seu caráter de
Eternidade, de anterioridade ao mundo, se baseia na PRIMORDIALIDADE DO SOM COMO
QUALIDADE CÓSMICA, sendo a vibração sonora criadora da revelação ao mesmo tempo
que do mundo. Os hinos e os relatos dos Vedas contam o nascimento desse mundo
sob a forma teogônica, de lutas entre deuses e Titãs, ou seja, entre forças
antagonistas que representam os estados anterior e posterior, superior e
inferior do cosmos.
(...)
O que Ionesco,
portando ''a força que na religião desapareceu (Scholem) quer obter, por assim
dizer, A QUALQUER PREÇO, logo e evidentemente em detrimento da lógica (TRAS LAS
HUELLAS...Barcelona,Olañeta, 1983;pp.46-47)/ e mais do que nunca em detrimento
de uma lógica ''profana'': a cartesiana urbana: acadêmica e estéril), ''é que o
homem se submeta em qualquer circunstância (Schuon.OP.CIT.pp.46-47) á
coerência primordial, primitiva... á unidade absurda e
original... ressonante e luminosa"(Ionesco.DIARIO II...pp 23-27)
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