A definição de modernidade para Baudelaire
Segundo o filósofo Walter Benjamim, Baudelaire é o primeiro poeta a trabalhar em sua obra a crise e os constrastes da modernidade capitalista e industrial.
Em seu ensaio "Le peintre de la vie moderna" que foi dedicado ao pintor Constantin Guys por quem Baudelaire não esconde admiração e não poupa elogios à sua arte, vemos a demonstração mais clara do conceito de modernidade em Baudelaire quando ele afirma que o artista, ou melhor, como ele recoloca , o homem do mundo, ou seja aquele que não está submetido à uma área específica , mas que se interessa e aprecia assuntos do mundo inteiro (assim ele define Guys); retira da moda atual e de seu momento histórico o que tem de poético, portanto, retira do transitório o que tem de eterno para alcançar a essência do belo.
"A modernidade é o transitório,o efêmero,o contigente, é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável"
Baudelaire não foi entendido por sua época sendo pouco lido e tendo alguns de seu poemas proibidos.
Talvez, porque tenha provocado na sociedade um certo horror por representar com muita maestria o choque que a modernidade capitalista e industrial causou em seu tempo.
Uniu o clássico com o moderno, denunciou por meio de uma dualidade sempre presente em seus poemas (pois para ele a modernidade está ligada à noção de conflitos) os constrastes sociais de sua cidade, aproximando a arte da vida, promovendo importantes reflexões que ecoam até os dias de hoje.
Bibliografia:
BAUDELAIRE, Charles. "O pintor da vida moderna". In: Obras Completas
Por:
Lúcia R. R. (DRE 086210714) e Taáte P. Tomaz Silva (DRE 107369090)
Lúcia R. R. (DRE 086210714) e Taáte P. Tomaz Silva (DRE 107369090)
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