sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

De vendavais e neurônios espelho

No vento viajam as vozes e diversos sons, muito longe no tempo e no espaço...

Existem perigosas conjurações de atração electromagnética que permitem percebe-los, além do mais, transmutam como próprias as experiências associadas a ditas vibrações...

Pode ser que continuamente ocorram esses fenômenos, sem a necessidade de fórmulas mágicas, só amplificando o poder daimaginação... Ou como sugeriu Aldous Huxley: "(...) uma das funções do sistema nervoso do animal humano é a de nos proteger do infinito... Cada pessoa, em cada momento é capaz de perceber tudo que está acontecendo em qualquer parte do universo. A função do cérebro e do sistema nervoso é a de nos proteger dessa massa inesgotável de informação. Por assim dizer, filtrar a infinitude do real e faze-la digerível..."

Estar de pé numa zona elevada, onde o vendaval passe arrepiante, fechar os olhos e permitir-se diluir no infinito, para escutar o vento:

o último agonizante suspiro desse urso polar que acaba de morrer exausto sobre sua delgada e improvisada balsa de gelo,.. que vai se desfazendo lentamente no oceano infinito...
...esse velho homem de olhar já vítreo, que do seu leito de morte observa as fluorescencias do hospital e sente que a vida lhe escapa... pensando ''que PORRA será que vai acontecer agora?'''
..o riso dessa mulher endinheirada, com rasgos globalizados de bisturí e muecas de guasón que celebra brindando á sua grande ascensão profissional, fruto de suas virtudes sexuais e currículo maquiado.
...o espasmo do atleta que acaba de superar um recorde histórico graças a uma ajuda química, que pensa que os fins justificam os meios.
... esse lobo que já não sente a terrível dor nas suas patas quase mutiladas por essa armadilha que não possível iludir...


(...)

Acalmado momentaneamente a vertigem ante o caos e a incerteza.
Acalmada  a ansiedade que povoca carecer de respostas ante os 'para quê(?)'' da vida... Acalmadas essas agri-doces fúrias com o objetivo de descubrir o relativo e aparente das mutáveis respostas ante os ''por quês(?)'' da vida...
Sereno contemplo o infinito.. ou imagino que contemplo... ou contemplo porque imagino que assim estou fazendo...ou não sei... nem me importa muito agora.
Que panorama tétrico se formou...(!) Ainda que a vida, por fortuna, se manifeste tétricamente.

Essa conjuração, esse infinito não filtrado, essas imaginações, ATRAEM OUTROS SONS:

...os latidos de alegria e recepção daquele cachorrinho brincalhão que festeja carinhosamenteo seu dono recém-chegado do trabalho...
...o riso com lágrimas de felicidade daquela avó que abraça sua neta recém-casada com um bom moço...
...as gargalhadas numa mesa de piadas e cerveja e aofundoo riso mais baixo de muleques travessos...
...o som tranquilo das horas em um bosque centenário em uma tarde qualquer...
 ...o sonoro primeiro beijo da vizinha do sexto no garoto do primeiro...
...as palavras de incnetivo desse pai ao seu filho,numa madrugada de insonia por causa de provas e exames...
... o grito incompreensível de vitória desse troglodita esquálido que acaba de cruzar a savana africana...
...o estremecedor uivo do lobo solitário á sua tão admirada lua cheia...


(...)

Assim, flutuo do stress paralizante ao relaxamente budista impassível.

(...)

Sabe-se que ao se escutar música se ativam as áreas do céreroque se encarregam da imitação e da empatía. São as zonas onde estão os neurônios espelho, que atuam
refletindo as ações e intenções dos outros como se fossem nossas; dessa forma podemos sentir a dor dos outros, sua alegría, sua tristeza e imitar suas ações. Talvez por isto, a música seja capaz de tocar nossas emoções e criar laços sociais, porque nos permite compartilhar sentimentos...


Carn Edeluz
Tradução livre e cortes : EU

(...)

Neurónio espelho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

Um neurónio espelho (português europeu) ou neurônio espelho (português brasileiro) (também conhecido como célula-espelho) é um neurónio que dispara tanto quando um animal realiza um determinado acto, como quando observa outro animal (normalmente da mesma espécie) a fazer o mesmo acto. Desta forma, o neurónio imita o comportamento de outro animal como se estivesse ele próprio a realizar essa acção. Estes neurónios já foram observados de forma directa em primatas, acreditando-se que também existam em humanos e alguns pássaros.

Nos humanos, pode ser observada actividade cerebral consistente com a presença de neurónios espelho no córtex pré-motor e no lobo parietal inferior. Alguns cientistas consideram este tipo de células uma das descobertas mais importantes da neurociência da última década, acreditando que estes possam ser de importância crucial na imitação e aquisição da linguagem. No entanto, apesar de este ser um tema popular, até à data nenhum modelo computacional ou neural plausível foi proposto como forma de descrever como é que a actividade dos neurónios espelho suportam actividades cognitivas como a imitação.
Referências

V.S. Ramachandran [1] Mirror Neurons and imitation learning as the driving force behind "the great leap forward" in human evolution, Edge Foundation, último acesso a 2006-11-16


Nenhum comentário:

Postar um comentário